Vasco lista ações no combate à violência contra a mulher e diz que avalia histórico do jogador antes de contratar
Os crimes estão longe de ser exceção. E o que os clubes têm feito para mudar esta história?
Procuramos a CBF e as 25 equipes da primeira divisão do Brasileiro, considerando o masculino e o feminino, com perguntas sobre como os clubes trabalham para combater a violência contra a mulher – nas categorias de base, no futebol feminino e no profissional masculino.
Há medidas de prevenção? Como denunciar o que sofreu? Há punições previstas? E o histórico de violência, impediria a assinatura de um contrato? 12 times responderam. Os outros 13 não deram retorno ou escolheram não participar.
Para mostrar o que disseram os clubes, criamos uma página com as respostas na íntegra de todos os procurados, que pode ser conferida clicando neste link.
Os 12 participantes:
- Atlético-MG, Atlético-GO, Botafogo, Bragantino, Cruzeiro, Criciúma, Ferroviária, Fortaleza, Juventude, Palmeiras, São Paulo e Vasco.
As outras 13 equipes procuradas:
- Athletico e Santos optaram por não participar;
- Bahia e Corinthians disseram que não conseguiriam responder no momento;
- Avaí, América-MG, Cuiabá, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Real Brasília e Vitória prometeram respostas, mas não deram retorno até esta publicação.
As equipes foram procuradas novamente para caso de mudança de cenário, mas reiteraram os últimos posicionamentos.
O Bahia disse que não conseguiriam retorno no momento. Afirma que a instituição tem um trabalho voltado para a formação de jovens atletas e a conscientização de colaboradores.
O Peixe afirmou no período ter um RH interno para receber denúncias, diz que as atletas foram questionadas sobre a história e que provas não foram encontradas. As jogadoras, ouvidas pelo ge na época, dizem que não foram procuradas pelo Peixe.
O Athletico, por sua vez, contratou o técnico Cuca, que foi condenado por abuso sexual de uma menina de 13 anos, em caso ocorrido na Suíça, em 1987. Seriam 15 meses de prisão, mas, como o Brasil não extradita cidadãos, ele nunca cumpriu a pena.
Cuca evitou a história por décadas. No início de 2024, pediu uma revisão do processo, que foi anulado pelo Tribunal Regional de Berna-Mittelland, por considerar que o técnico foi julgado à revelia, ao não estar presente. O caso prescreveu e não houve novo julgamento. A decisão, portanto, não tratou de culpa ou inocência de Cuca. Ele pediu demissão no dia 24 de junho.
No fim de março, antes da saída do treinador, o Athletico divulgou a promoção de uma palestra sobre violência para jovens da base e o elenco feminino. Convidou também o time feminino do Coritiba para o evento. Os jogadores do profissional, contudo, ficaram de fora, e o clube também não citou convites a homens de outras equipes.
No dia 29 de dezembro de 2024, o mesmo Cuca assinou com o Atlético-MG. O anúncio dividiu opiniões entre apoio e críticas da torcida nas redes sociais, mencionando o caso de Berna.
Em 2021, quando contratou o técnico pela segunda vez e antes do processo ser reaberto, o Galo também ouviu críticas, disse que o assunto estava “superado” e ressaltou “confiar no treinador”.
Agora, não abordou o tema de forma espontânea. Procurado pela reportagem, disse que entende que o assunto foi explorado em outras ocasiões, que o treinador se posicionou na apresentação e que possui “total capacidade para levar o time novamente a grandes conquistas”.
– Demorei muito tempo para falar daquele tema, e hoje eu abro falando dele. Eu demorei a ver meus defeitos. Eu tentava falar do Cuca, e a sociedade queria saber da causa, do que eu como homem podia fazer – disse o técnico, na apresentação pelo Galo.
Prevenção e conscientização: base é o foco
O tema da violência contra a mulher virou constante no futebol brasileiro pela recorrência de episódios nos últimos anos, com destaque para os casos de Daniel Alves e Robinho, mas também pela postura combativa das torcidas, que não aceitam mais o que antes pode ter sido considerado “normal”.
Em 2020, por exemplo, o Santos rompeu contrato com Robinho após protestos da torcida, e o Atlético-MG desistiu de Sebastian Villa, acusado de agredir a ex-namorada. Não foram os únicos. A história se repetiu em outros clubes, como o São Paulo com Pedrinho, o Sport com Wescley, o Corinthians com Juninho e até Cuca, abraçado pelos jogadores na saída do clube.
Pedrinho, aliás, chegou a ser efetivamente contratado por América-MG e Santos depois do Tricolor, evitou falar do caso em janeiro de 2024 e disputou as últimas temporadas normalmente.
Apesar das torcidas combativas, os casos continuam acontecendo. Em 2024, um levantamento publicado no ge revelou que 52,1% de 209 jogadoras do Brasileirão Feminino já sofreram algum tipo de assédio no futebol, seja sexual ou moral.
Então questionamos os clubes: o que fazem para combater os casos de assédio no futebol feminino? O que fazem para prevenir o assédio de seus atletas profissionais e da base contra outras mulheres?
Os 13 clubes participantes desta reportagem mencionaram medidas semelhantes, sendo algumas delas de forma mais detalhada, com protocolos estabelecidos, por exemplo. Os atletas da base são os mais atendidos nas ações, enquanto os profissionais do masculino são os menos. Entre as medidas, estão:
- A realização de palestras;
- o uso de manuais de conduta;
- e o acompanhamento do setor psicossocial.
O Atlético-GO menciona apenas dinâmicas do setor psicossocial e diz haver um projeto para realizar palestras de conscientização utilizando também os departamentos de comunicação e jurídico.
O Vasco chamou a atenção neste quesito por ter criado um calendário para debates de temas atuais na base, além de um fórum com mulheres para discutir melhorias e planos de ação de prevenção.
No São Paulo, as ações têm atenção especial à base, segundo o próprio clube. Não há menção ao futebol profissional.
Nenhum clube, aliás, menciona ações específicas e direcionadas ao profissional masculino para além de palestras e manuais de conduta.
Nas categorias de base, o Bragantino chama a atenção.
O clube diz que tem fomentado a inclusão de profissionais mulheres na rotina da base, com coordenadoras, psicóloga, pedagoga e cinco educadoras sociais atuando no alojamento. Reconhece a proporção ainda inferior, mas reforça haver uma crescente para ampliar a diversidade do ambiente.
A área social ainda tem o programa “Além das 4 linhas”, que é dividido nos eixos Educativo, Socialização, Identidade e Responsabilidade Social. No primeiro, o projeto Café do Social tem espaços de diálogo sobre temas como machismo, masculinidade saudável, sexualidade, racismo etc.
O Cruzeiro ainda cita algo semelhante trabalhado pela área de Desenvolvimento Humano, com palestras sobre violência contra mulheres, racismo, homofobia, machismo e masculinidade tóxica.
Sofri assédio. E agora?
Para identificar protocolos e canais de denúncia nos clubes brasileiros, questionamos: se uma atleta precisar denunciar um caso de assédio, o que ela pode fazer? Há um setor ou profissional para acolher as jogadoras? Como é feito?
A maior parte dos clubes cita a diretoria de futebol feminino e psicólogas do clube como caminho para denúncia e acolhimento, enquanto alguns falam em setor de compliance com canais de denúncia.
Há apenas quatro clubes que citam programas criados especificamente para tratar do assunto: Atlético-MG, Botafogo, Cruzeiro e Ferroviária. O Galo, aliás, detalha todo o protocolo, desde as diretrizes até as punições previstas – para atletas, funcionários ou parceiros.
A SAF Botafogo idealizou um comitê especializado e composto por mulheres para atuar no Canal de Escuta Interno, como parte do projeto #HorasDelas.
O Cruzeiro possui um canal interno de denúncias, um Comitê de Conduta Ética para apuração e reforça o canal público do Ligue 180, divulgado na campanha #QuebreOSilêncio, do futebol feminino.
A Ferroviária lançou em 2024 o Projeto Guerreira Segura, com um canal de denúncias interno anônimo e orientações às atletas para ajudá-las a identificar situações de assédio e violência.
No caso do Atlético-MG, o clube lançou o Programa ÉTICO em julho de 2022 e contempla o combate à violência contra a mulher em suas diretrizes. Há um Código de Conduta e Ética, que se compromete a revisar a cada dois anos.
As denúncias podem ser feitas no canal contatoseguro.com.br/pt/galo/relato_introducao ou através de um telefone com atendimento de um psicólogo. Segundo o clube, o sistema é terceirizado e possibilita as denúncias anônimas.
O Galo, porém, não publica ou discute resultado de investigações e também não declara sanções eventualmente aplicadas. As sanções previstas – para conselheiros, colaboradores, administradores, atletas e integrantes de comissões técnicas – são:
- Advertência verbal ou escrita
- Suspensão não remunerada
- Demissão sem ou com justa causa
- Exclusão
- Ação judicial para a reparação de danos, se aplicável.
O fluxo de apuração, segundo o clube, segue os seguintes passos:
- Protocolo: O denunciante realiza o relato no Canal Ético.
- Registro: A empresa terceirizada realiza a triagem, classificação e registro.
- Apuração: A área de compliance realiza a apuração de denúncia.
- Comitê de Integridade: Havendo materialidade, o relato é enviado para a decisão do Comitê de Integridade.
- Definição: O Comitê de Integridade define as medidas cabíveis.
- Conclusão: A denúncia é encerrada.
Mas é o suficiente? No levantamento publicado no ge, por exemplo, 85,3% de 209 atletas ouvidas disseram não ter denunciado os casos de assédio que viveram ou viram. Foram silenciadas por desconforto, insegurança e medo de retaliações. As entrevistas aconteceram entre 2023 e 2024, quando parte dessas ações dos clubes já estava em vigor.
Ao mesmo tempo, os homens, entre atletas, treinadores e outros profissionais no futebol, dificilmente sofrem impacto na carreira por esses atos.
A impunidade tornou-se um dos principais problemas nos casos de violência contra a mulher, sendo responsável por desestimular novas denúncias, por exemplo.
De 113 casos relatados pelas atletas do Brasileirão Feminino no levantamento publicado no ge, apenas 17 sofreram consequências. Quando se fala em mulheres para além de atletas, por sua vez, o número de denúncias no disque 180 no primeiro semestre de 2024 subiu 36% em relação ao ano anterior.
Para mapear a postura dos clubes, questionamos:
- O histórico de violência contra mulher impede a assinatura de contrato com um novo atleta ou funcionário?
Todos os clubes dizem que levam em consideração o histórico de seus atletas e funcionários antes da contratação. Alguns citam o histórico como impeditivo se houver condenação, outros incluem também os casos em investigação. Apesar disso, ainda é possível ver movimentações – como a de Cuca ao Atlético-MG.
- O contrato é rescindido caso descubra um caso de violência enquanto o atleta ou funcionário estiver no clube?
Os clubes afirmam que casos de violência, assédio, envolvimento com esquemas de apostas e outros tipos de “má conduta” podem levar à rescisão de contrato. Reforçam, no entanto, a necessidade de autoridades competentes reconhecerem a responsabilidade do colaborador.
- Qual o protocolo do clube caso um atleta da base ou do elenco profissional cometa um ato de violência, seja assédio, importunação sexual ou agressão? Há punição prevista?
A maior parte dos clubes não detalha protocolos ou punições específicas, com exceção à lista de sanções do Atlético-MG, que pode ser vista mais acima.
Alguns citam o afastamento temporário para apuração dos fatos e outros mencionam “tomar todas as medidas jurídicas possíveis” e aplicação de punições “proporcionais para cada caso”, sem dizer quais.
O Cruzeiro detalha uma linha de trabalho. Diz que a SAF analisaria o caso, escutaria o colaborador e o afastaria durante “o período necessário”, paralelamente à contratação de uma equipe externa, especializada no tema, para assessoria e orientações.
E a CBF?
Procurada pela reportagem, a Confederação Brasileira de Futebol diz que iniciou um programa de enfrentamento ao assédio sexual e moral com jogadores, jogadoras e comissões técnicas das Seleções Brasileiras. O Brasil, aliás, venceu a disputa e será sede da Copa Feminina de 2027.
Faz parte do trabalho realizado pela empresa Travessia, que, segundo a entidade, realizou encontros presenciais com funcionários, pesquisas quantitativas e qualitativas, além de um primeiro diagnóstico sobre os resultados.
Ainda há entre as funções: estabelecer mecanismos para intervenção precoce em casos de assédio, treinamento em formato EAD, palestras de conscientização e a criação do Código de Ética da CBF. A reportagem procurou também a Travessia, que ainda não se pronunciou até o momento da publicação.
– As jogadoras entenderam o cenário como algo positivo, não de modo negativo. Elas são conscientes junto com os clubes que elas estão – disse a coordenadora da seleção feminina, Cris Gambaré, sobre a representatividade das jogadoras.
– Acho que a nossa modalidade dentro do Brasil avançou muito e elas são fruto disso. Isso nos orgulha muito. Elas poderem falar, se manifestar de uma forma construtiva em todos os aspectos. Queremos ocupar espaços em que sejamos respeitadas – concluiu.
Alguns clubes optaram por enviar uma nota única, sem respostas individuais para cada pergunta.
Futebol Feminino:
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de profissionais com atletas do feminino?
- Há um setor ou profissional para acolher as jogadoras no clube? Como é feito?
- Se sim, qual? Se não, o clube pretende desenvolver? Quando?
- Se uma atleta precisar denunciar uma ocorrência, o que ela pode fazer?
Futebol Masculino
- O histórico de violência contra mulher impediria a assinatura do contrato de um novo jogador ou funcionário?
- Caso descubra um caso enquanto o atleta ou funcionário estiver no clube, o contrato é rescindido?
Futebol Masculino Profissional
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de seus atletas profissionais com outras mulheres?
- O que o clube faz para conscientizar jogadores do profissional sobre a violência contra a mulher?
- Se um atleta do elenco profissional cometer um ato de violência contra a mulher (assédio, importunação, agressão), qual o protocolo do clube?
- Há punição prevista? Se sim, qual?
Categorias de base
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de seus atletas da base com outras meninas e mulheres?
- O que o clube faz para conscientizar jogadores da base sobre a violência contra a mulher?
- Se um atleta da base cometer um ato de violência contra a mulher (assédio, importunação, agressão), qual o protocolo adotado pelo clube?
- Há punição prevista? Se sim, qual?
Avaí e Avaí/Kindermann
Disse através da assessoria de imprensa que enviaria respostas, mas não se pronunciou.
América-MG
Disse através da assessoria de imprensa que enviaria respostas, mas não se pronunciou.
Atlético-MG
Em julho de 2022, o Galo lançou o Programa ÉTICO (Ética, Integridade e Compliance), que contempla todas as diretrizes definidas pelo Clube Atlético Mineiro para nortear a atuação de todos que agem em nome do Clube.
O programa está sob a responsabilidade do Departamento de Compliance e Integridade Corporativa do Galo, e se encontra na íntegra aqui: https://atletico.com.br/wp-content/uploads/2022/07/CODIGO-DE-ETICA-V12.pdf
Todo o conteúdo do programa é apresentado e entregue em mãos, via documento impresso, para todos os colaboradores do Galo. No documento, o Clube reforça o compromisso de prevenção e combate a qualquer tipo de assédio no ambiente corporativo, listando atitudes e condutas terminantemente proibidas.
Dentro do Programa ÉTICO, há as diretrizes sobre combate à violência contra a mulher, reforçando a exigência da segurança no ambiente de trabalho, sendo proibido “intimidar, ameaçar ou cometer atos de discriminação, ou violência”. Bem como é informado a todos os colaboradores ser proibido:
- Assédio sexual: qualquer prática que constranja um terceiro com intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual
- Assédio moral: exposição do empregado a situações humilhantes e constrangedoras, expondo a vítima a situações vexatórias.
Caso algum colaborador seja vítima de qualquer tipo de ação proibida pelo código de ética e conduta do CAM, ou mesmo testemunhe tais práticas, ele deve encaminhar imediatamente a situação para o Canal de Denúncias, disponível em contatoseguro.com.br/pt/galo/relato_introducao
Outro meio de informar infrações ao código é mediante um telefone informado no programa. A ligação é gratuita e o atendente é um profissional de psicologia. Vale ressaltar que o CAM se compromete ao princípio de não-retaliação ao denunciante de boa-fé.
São previstas as seguintes sanções para conselheiros, colaboradores, administradores, atletas (de todas as categorias, masculino e feminino) e integrantes de comissões técnicas:
- – Advertência verbal ou escrita
- – Suspensão não remunerada
- – Demissão sem ou com justa causa
- – Exclusão
- – Ação judicial para a reparação de danos, se aplicável.
Há cláusulas contratuais que resguardam o clube em casos de práticas que não condizem com o Código de Ética e Conduta do Galo, bem como descumpram a legislação, assegurando-se os princípios do contraditório e presunção de inocência.
Há também a previsão de sanções contratuais para fornecedores e parceiros que são pessoas jurídicas, como notificações, advertências, multas e rescisão.
Os relatos são feitos por meio de sistema disponibilizado por empresa terceirizada, dando ao denunciante a possibilidade de realizar denúncias anônima e, caso opte por se identificar, a garantia de sigilo.
As denúncias são apuradas pela Área de Compliance, cabendo as decisões relativas aos relatos ao Comitê de Integridade e/ou Conselho de Ética. São eles também os responsáveis pela determinação das penalidades a serem aplicadas aos infratores.
As apurações possuem fluxos diferentes em casos especiais, como quando há envolvimento de Alta Administração. Nestes casos, há participação direta do Conselho de Ética e Disciplina em caso de envolvidos do Clube Atlético Mineiro ou Conselho de Administração para a SAF.
Há também a possibilidade de contratação de empresas especializadas em investigações corporativas, caso seja necessário.
Em casos comuns o fluxo de apuração segue os passos como descritos na imagem abaixo:
- Protocolo: O denunciante realiza o relato no Canal Ético.
- Registro: A empresa terceirizada realiza a triagem, classificação e registro.
- Apuração: A área de compliance realiza a apuração de denúncia.
- Comitê de Integridade: Havendo materialidade, o relato é enviado para a decisão do Comitê de Integridade.
- Definição: O Comitê de Integridade define as medidas cabíveis.
- Conclusão: A denúncia é encerrada.
Importante destacar que as investigações são sigilosas, com o intuito de proteger o denunciante e resguardar os direitos e garantias fundamentais, inclusive dos denunciados.
Dessa forma, o Galo não publica e nem discute o resultado de investigações, bem como, não declara as sanções eventualmente aplicadas.
Vale ressaltar que o Código de Conduta e Ética será revisado, no mínimo, a cada dois anos. Para manter o padrão ÉTICO, o Clube promove ações de disseminação da cultura de controle interno, conformidade, sustentabilidade e integridade que incluem:
- Entrega de manuais e cartilhas
- Cursos presenciais
- E-learning
- Campanhas
- Comunicados e publicações
Os profissionais de segurança receberão orientações sobre o tema, e já está em processo a contratação de uma profissional de psicologia para atendimento a eventuais vítimas.
Em 2023, o Instituto Galo promoveu a campanha ‘Dê Cartão Vermelho para a Violência Contra a Mulher’, em parceria com o Movimento Quem Ama Não Mata, distribuindo panfletos no estádio e abordando a questão nas mídias do Clube.
Atlético-GO
Respondeu da mesma forma para o futebol profissional e categorias de base.
FUTEBOL FEMININO: O Atlético está em processo de criação da equipe feminina.
FUTEBOL MASCULINO
- O histórico de violência contra mulher impediria a assinatura do contrato de um novo jogador ou funcionário? O Atlético avaliaria de forma profunda com o departamento jurídico, psicóloga e diretoria este assunto.
- Caso descubra um caso enquanto o atleta ou funcionário estiver no clube, o contrato é rescindido? O clube tomará todas as medidas jurídicas possíveis para resolver a questão.
FUTEBOL PROFISSIONAL
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de seus atletas profissionais com outras mulheres? O Atlético tem um departamento de psicologia e, além disso, o tema começou a ser tratado com maior ênfase no departamento de futebol visando conscientizar jogadores e funcionários.
- O que o clube faz para conscientizar jogadores do profissional sobre a violência contra a mulher? Contamos com uma psicóloga que em algumas dinâmicas de grupo ou individualizada o tema já foi tratado. Existe um projeto para palestras de conscientização utilizando os dps de psicologia, comunicação e jurídico.
- Se um atleta do elenco profissional cometer um ato de violência contra a mulher (assédio, importunação, agressão), qual o protocolo do clube? Há punição prevista? Se sim, qual? O clube tomará todas as medidas jurídicas possíveis para resolver a questão.
BASE
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de seus atletas da base com outras meninas e mulheres? O Atlético tem um departamento de psicologia e, além disso, o tema começou a ser tratado com maior ênfase no departamento de futebol visando conscientizar jogadores e funcionários.
- O que o clube faz para conscientizar jogadores da base sobre a violência contra a mulher? Contamos com uma psicóloga que em algumas dinâmicas de grupo ou individualizada o tema já foi tratado. Existe um projeto para palestras de conscientização utilizando os dps de psicologia, comunicação jurídico.
- Se um atleta da base cometer um ato de violência contra a mulher (assédio, importunação, agressão), qual o protocolo adotado pelo clube? Há punição prevista? Se sim, qual? O clube tomará todas as medidas jurídicas possíveis para resolver a questão.
Athletico-PR
O clube informou através da assessoria de imprensa que não participaria da reportagem.
Bahia
O clube informou através da assessoria de imprensa que posicionamentos institucionais agora passam pelo Grupo City e que não seria possível responder em tempo hábil. Enviou ainda a seguinte nota:
O Bahia é uma instituição historicamente envolvida com ações de prevenção e enfrentamento à diversas violências e violações de direitos. Com relação à violência contra a mulher, existe nessa instituição um trabalho especificamente voltado à formação de jovens atletas e a conscientização de colaboradores a respeito desse tema, tão importante diante de uma realidade brasileira extremamente violenta com a figura da mulher.
Os serviços de Psicologia, Pedagogia e Serviço Social atuam continuamente com a formação esportiva e propõe ações diversas com intuito de formar melhores pessoas e melhores atletas o que, inevitavelmente, envolve a problematização das questões de gênero, através de reflexões criticamente fundamentadas e atividades que contribuem para uma formação responsável e consciente da violência de gênero perpetrada na nossa sociedade e das possibilidades de prevenção e enfrentamento dessa problemática.
Botafogo
Enviou uma nota única. Segue abaixo:
Buscando aperfeiçoar seus processos internos e proporcionar um espaço seguro para que atletas e colaboradoras possam realizar denúncias de assédio físico, moral ou importunação sexual, a SAF Botafogo idealizou um comitê especializado composto em sua totalidade por mulheres para atuar em seu Canal de Escuta Interno, que possui autonomia para tomada de decisões, em alinhamento com a Diretoria.
A criação do comitê faz parte de um movimento do Clube em prol de tornar, gradativamente, o ambiente do futebol mais seguro, igualitário e respeitoso para torcedoras, colaboradoras e atletas. Tal iniciativa foi materializada no projeto #HoraDelas, lançado no segundo semestre de 2022.
Entre outras ações importantes, o Clube foi o pioneiro ao firmar uma parceria com a Delegacia da Mulher e Policial Civil do Estado do Rio de Janeiro com o intuito de disponibilizar uma guarda especializada em atender denúncias de assédio e importunação sexual em dias de jogos no Estádio Nilton Santos.
De forma paralela e alinhada com as diretrizes do projeto, a Assistente Social do Departamento de Futebol, Maristela Eleuterio, e sua equipe realizam um trabalho de conscientização a respeito do assunto com os atletas das equipes profissional e de base.
Desde o lançamento da #HoraDelas, o debate vem se intensificando no Clube e sendo abordado em diferentes esferas.
Por isso, o Botafogo também realiza ações contundentes durante os jogos. Recentemente, o time voltou a jogar luz ao tema na partida contra o Sampaio Corrêa, pelo Campeonato Carioca, no último dia 17 de março, quando entrou em campo com a faixa “Além dos 90 minutos, é #HoraDelas” e com o uniforme estampado com a logo do projeto.
Bragantino
FUTEBOL FEMININO
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de profissionais com atletas do feminino?
Para prevenção de casos de assédio de profissionais com atletas do feminino são realizadas atividades de conscientização e de acolhimento para as atletas e comissão técnica. Entende-se que informação sobre diversas situações de assédio, tipos de assédio e formas de lidar é ferramenta essencial para que tanto as atletas quanto comissão técnica consigam identificá-las e combatê-las, criando assim um grupo mais forte e menos tolerante a tais ações. Assim, rodas de conversas e palestras sobre o tema são propostas ao longo do ano, de maneira estratégica.
- Há um setor ou profissional para acolher as jogadoras no clube? Como é feito? Se sim, qual? Se não, o clube pretende desenvolver? Quando?
A profissional responsável pelo acolhimento das jogadoras é a Psicóloga. Devido ao vínculo estabelecido com a profissional e as atividades já realizadas, a profissional é acionada em tais casos, muitas vezes diretamente pela atleta. A psicóloga, por meio de sessões individuais, realiza o acolhimento das atletas.
- Se uma atleta precisar denunciar uma ocorrência, o que ela pode fazer?
O Departamento Jurídico do clube está completamente à disposição da atleta para que ela realize a denúncia de maneira formalizada, como boletim de ocorrência, por exemplo. Em conjunto com a coordenação e a psicóloga, os caminhos para a denúncia são tratados junto com a atleta para que seja da forma que ela se sinta mais confortável e segura possível. De maneira interna, a denúncia pode ser feita para qualquer membro da comissão, que estão orientados sobre encaminhamento para acolhimento com a psicóloga e medidas administrativas com a coordenação.
BASE
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de seus atletas da base com outras meninas e mulheres?
- O que o clube faz para conscientizar jogadores da base sobre a violência contra a mulher?
- Se um atleta da base cometer um ato de violência contra a mulher (assédio, importunação, agressão), qual o protocolo adotado pelo clube?
- Há punição prevista? Se sim, qual?
Aqui no Red Bull Bragantino, nas categorias de base, temos fomentado a inclusão de profissionais mulheres na rotina dos atletas. Atualmente, o Staff conta com duas coordenadoras, sendo uma da área social e uma pedagógica, além de uma psicóloga, uma pedagoga, cinco Educadoras Sociais, que atuam dentro do alojamento, acompanhando a rotina pessoal dos jovens. A proporção ainda é inferior comparado ao número de profissionais homens, entretanto, a presença de profissionais mulheres tem acontecido de forma crescente a cada ano, visando o desenvolvimento dos jovens no ambiente cada vez mais diverso, potencializando habilidades interrelacional e entre gêneros.
A área social tem um programa de trabalho chamado “Além das 4 linhas” que é dividido em quatro eixos: Educativo, Socialização, Identidade e Responsabilidade Social.
No Educativo, temos os projetos Café do Social, que acontece mensalmente, que são espaços de diálogos sobre temas do cotidiano, da sociedade, exercício da cidadania, tais: Autocuidado, Machismo, Masculinidade Saudável, Sexualidade, Racismo, Habilidades para a vida, dinâmica familiar e entre outros. A Palestra Educativa, acontece bimestralmente, conta a participação de palestrante especialista, com tema voltado a formação integral, tais: Educação Financeira, Apostas Esportivas, Machismo, Sexualidade, Saúde Mental, Álcool e outras Drogas e entre outros.
A nossa metodologia tem um olhar dialógico, contempla a construção coletiva, estrategicamente fazemos intersecção com outras áreas técnicas e contamos com a presença dos próprios atletas na organização das ações.
Entendemos que os atletas em formação esportiva são adolescentes em pleno desenvolvimento biopsicossocial, o que torna urgente uma formação integral. O futebol, assim como outros esportes, é um espaço potente para o desenvolvimento da cidadania. A imprensa, os clubes e sociedade civil têm um papel importante na ampliação da discussão de um processo formativo que contemple uma agenda que equilibre treinos, jogos, escola e educação cidadã.
FUTEBOL MASCULINO (PROFISSIONAL E BASE)
- O histórico de violência contra mulher impediria a assinatura do contrato de um novo jogador ou funcionário? Todo o passado de um jogador/funcionário é levado em conta na hora de fazer uma nova contratação para o clube, sendo cuidadosamente avaliados pelas áreas responsáveis pela escolha dos mesmos.
- Caso descubra um caso enquanto o atleta ou funcionário estiver no clube, o contrato é rescindido? Violência, casos de assédio, envolvimento com esquemas de apostas e outros tipos de má conduta podem sim levar à rescisão do contrato de um atleta ou profissional do clube.
FUTEBOL MASCULINO PROFISSIONAL
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de seus atletas profissionais com outras mulheres?
- O que o clube faz para conscientizar jogadores do profissional sobre a violência contra a mulher?
- Se um atleta do elenco profissional cometer um ato de violência contra a mulher (assédio, importunação, agressão), qual o protocolo do clube?
- Há punição prevista? Se sim, qual?
O clube tem um psicólogo destinado apenas aos jogadores profissionais para lidar com situações com assuntos diversos. Entre eles, assédio, violência contra a mulher, casos de apostas. Os trabalhos são feitos de forma individual e também coletiva para uma melhor conscientização dos atletas no dia a dia, estando os profissionais à disposição para atendimento, inclusive durante viagens para competições.
Qualquer tipo de má conduta está sujeito à punições, sendo elas proporcionais a cada caso.
Corinthians
O clube informou através da assessoria de imprensa que não conseguiria enviar as respostas e assim não participaria da reportagem.
Cruzeiro
FUTEBOL FEMININO
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de profissionais com atletas do feminino?
O Cruzeiro tem construído uma cultura acolhedora, oferecendo um ambiente de trabalho que seja seguro e que proporcione o respeito. Hoje, as atletas do Cruzeiro frequentam todos os espaços de trabalho das Tocas 1 e 2 com a certeza de sua importância para o clube e respaldadas pelos mecanismos que o clube oferece no dia a dia para a segurança de todas.
A atacante Byanca Brasil comenta sobre o acolhimento e a seriedade com que o tema é tratado no dia a dia de trabalho no clube.
– Eu me sinto representada, coisa que eu nunca me senti em momentos anteriores na minha carreira. Aqui eu vejo que têm pessoas, têm mulheres, que sabem e passaram por isso, porque toda mulher já passou por um caso de assédio, seja ele moral ou sexual.
– O Cruzeiro me mostrou o que é ser respeitada e estar em um ambiente seguro. Saber que aqui tem pessoas por mim, que me representam, seja em falas ou em ações, me conforta. Obviamente estamos falando só do Cruzeiro, mas é uma coisa que a gente vai representar e ser exemplo para muitos clubes.
O clube também possui uma ferramenta importante que é o Código de Ética e Conduta do Cruzeiro. O Código é uma diretriz obrigatória para todo o corpo de colaboradores, inclusive atletas. O assédio moral ou sexual é considerado pelo clube como uma atitude intolerável.
- Há um setor ou profissional para acolher as jogadoras no clube? Como é feito?
Sim, através do setor de compliance do clube, o Cruzeiro possui um canal interno de denúncias e um Comitê de Conduta Ética responsável pela apuração dos fatos. O canal de denúncias garante um suporte imediato, anonimato e a possibilidade de atendimento por profissionais do sexo feminino.
Além disso, o Cruzeiro também conta com várias lideranças mulheres que oferecem o suporte em diversas situações de necessidade. O clube também acredita que cada colaborador homem é um aliado nessa luta, portanto a responsabilidade do acolhimento é coletiva. O Código de Ética e Conduta detalha que “é dever de todos garantir aos demais um ambiente de trabalho livre de insinuações, restrições de qualquer natureza ou constrangimentos”.
Se uma atleta precisar denunciar uma ocorrência, o que ela pode fazer?
Além do suporte de alguma liderança imediata, a atleta pode acionar o canal interno de denúncias do clube, como também o Ligue 180 – serviço de utilidade pública dedicado ao enfrentamento à violência contra a mulher. O Cruzeiro, através da iniciativa #QuebreOSilêncio, garante o vínculo ao Ligue 180 como uma das possibilidades de denúncia.
FUTEBOL MASCULINO
- O histórico de violência contra mulher impediria a assinatura do contrato de um novo jogador ou funcionário?
O histórico de violência contra mulher impediria a assinatura do contrato de um novo colaborador, na hipótese de reconhecida a respectiva responsabilidade por autoridade competente.
- Caso descubra um caso enquanto o atleta ou funcionário estiver no clube, o contrato é rescindido?
Na hipótese de a SAF tomar ciência de um caso de violência contra a mulher, uma vez reconhecida a responsabilidade do colaborador, por autoridade competente, a relação contratual seria encerrada.
FUTEBOL PROFISSIONAL
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de seus atletas profissionais com outras mulheres?
- O que o clube faz para conscientizar jogadores do profissional sobre a violência contra a mulher?
Além das campanhas externas já realizadas, como a #QuebreOSilêncio e a #VamosMudarOsNúmeros, o clube também trabalha internamente pela conscientização de todos os seus atletas.
Periodicamente, são ministradas palestras aos jogadores, além de uma comunicação clara e firme das consequências de qualquer ato que fira a conduta exigida pelo clube a todos os atletas. Cada jogador, logo na chegada ao clube e durante toda sua trajetória, é inserido no contexto de normas de conduta determinadas pelo Cruzeiro.
- Se um atleta do elenco profissional/base cometer um ato de violência contra a mulher (assédio, importunação, agressão), qual o protocolo do clube?*
Na eventualidade de um atleta do elenco cometer um ato de violência contra a mulher, ao tomar ciência, a SAF analisaria o caso, escutaria o colaborador envolvido e o afastaria durante o período necessário, paralelamente à contratação de uma equipe externa, especializada no tema, para assessoria e orientações. Sempre respeitando os direitos e princípios constitucionais, como o da dignidade da pessoa humana, da igualdade e da presunção da inocência.
- Há punição prevista? Se sim, qual?*
Todas as ações e/ou omissões que não estejam em conformidade com as diretrizes internas da SAF, com o Código de Ética e Conduta e com o Contrato firmado entre clube e colaborador, bem como a legislação aplicável vigente, podem implicar, mediante avaliação prévia, sanções como: advertência, suspensão e/ou rescisão da relação contratual.
* O clube informou que as duas respostas acima contemplam o procedimento para atletas do profissional e da base. Afirma ainda que, embora o posicionamento abranja o protocolo para um conjunto de atos de violência, cada caso será apreciado individualidade.
BASE
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de seus atletas da base com outras meninas e mulheres?
- O que o clube faz para conscientizar jogadores da base sobre a violência contra a mulher?
Assim como ocorre com o elenco profissional, os atletas da base são instruídos em todas as normas de conduta interna, que preveem também, conforme o Código de Ética e Conduta, o assédio moral ou sexual e os atos de violência como atitudes intoleráveis.
O clube também promove ciclos de conscientização através de palestras. Com essa iniciativa, trabalhada pela área de Desenvolvimento Humano do clube, são ministradas temáticas com os adolescentes sobre violência contra mulheres, racismo, homofobia, machismo e masculinidade tóxica. Durante essas atividades educativas, os profissionais envolvidos não somente ministram os conteúdos como também têm a oportunidade de aprofundar cada vez mais na história de vida dos garotos, seus ambientes familiar e cultural nos diferentes locais do país onde foram criados.
A área de Desenvolvimento Humano é um núcleo composto por profissionais de pedagogia, psicologia e assistência social, trabalhando em conjunto com o departamento de Gente & Gestão (o RH do clube).
O trabalho na base celeste se estende para além do campo com um intuito claro de formação de cidadãos conscientes e responsáveis.
Criciúma
FUTEBOL FEMININO
- 1. Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de profissionais com atletas do feminino?
Nosso clube constantemente realiza palestras e conversas semanais com nossos colaboradores sobre temas importantes, tais como: racismo, autismo, contra o trabalho infantil e especialmente contra violência as mulheres e assédio sexual. Temos psicologia e assistente social full time clube.
- 2. Há um setor ou profissional para acolher as jogadoras no clube? Como é feito?
- Se sim, qual?
- Se não, o clube pretende desenvolver? Quando?
Atualmente acolhemos mais de 50 atletas do futebol feminino no clube, em alojamentos próprio. Esses alojamentos são no próprio estádio e não há vínculo com o futebol masculino, cujas atividades são realizadas em nosso Centro treinamento e os atletas das categorias de base residem no CT. Ou seja, muito pouco contato. Como dito na resposta anterior temos Psicóloga e Assistente Social totalmente a disposição.
- 3. Se uma atleta precisar denunciar uma ocorrência, o que ela pode fazer?
Temos uma Diretoria de Futebol Feminino no Clube comandada por uma mulher, médica, além de uma equipe disciplinar pronta para dar todo apoio em caso de necessidade.
FUTEBOL MASCULINO
- 1. O histórico de violência contra mulher impediria a assinatura do contrato de um novo jogador ou funcionário?
Sim, com certeza, pelos princípios que temos no clube.
- 2. Caso descubra um caso enquanto o atleta ou funcionário estiver no clube, o contrato é rescindido?
Evidentemente, depois do devido processo legal, o afastamento definitivo é imperativo. Notadamente, temos uma posição de afastamento temporário até apuração dos fatos.
FUTEBOL PROFISSIONAL
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de seus atletas profissionais com outras mulheres? Palestras periódicas. Na contratação de atletas temos muito cuidado em observar a vida pregressa de cada profissional. Aliás, esse é o primeiro requisito: COMPORTAMENTO EXTRA CAMPO.
- O que o clube faz para conscientizar jogadores do profissional sobre a violência contra a mulher? Palestras.
- Se um atleta do elenco profissional cometer um ato de violência contra a mulher (assédio, importunação, agressão), qual o protocolo do clube? Como dito acima, afastamento temporário. Se o caso for grave, rescisão sumária.
- Há punição prevista? Se sim, qual? Já respondido.
BASE
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de seus atletas da base com outras meninas e mulheres? Já respondido
- O que o clube faz para conscientizar jogadores da base sobre a violência contra a mulher? Palestras e conversas periódicas.
- Se um atleta da base cometer um ato de violência contra a mulher (assédio, importunação, agressão), qual o protocolo adotado pelo clube? Já respondido. Nossas medidas administrativas e jurídicas servem para todo nosso Staff, sejam colaboradores, prestadores serviços, atletas base e profissionais.
- Há punição prevista? Se sim, qual? Já respondido, acrescentando que poderão ainda ser adotadas medidas jurídicas em caso de prejuízo ao clube e a ofendida. O clube presta e prestará auxílio jurídico caso haja necessidade.
Cuiabá
Disse através da assessoria de imprensa que enviaria respostas, mas não se pronunciou.
Ferroviária
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de profissionais com atletas do feminino?
O clube sempre investiu em ações de conscientização dos profissionais, bem como palestras. Neste ano, o clube lançou o Projeto Guerreira Segura, que consiste em:
a) palestras com orientações às todas as comissões e demais profissionais que tenham contato mais próximo com as atletas, sobre legislação, condutas, postura profissional e valores do clube
b) palestras e orientações às atletas, para que elas saibam identificar situações de assédio, abuso, discriminação, preconceito ou qualquer tipo de violência, dentro ou fora do contexto do clube
c) disponibilização de um canal de denúncias interno anônimo para as atletas que queiram comunicar algo sem se identificar, seja algo que tenha acontecido no clube, no alojamento, ou na escola, na família, em outros clubes, ou qualquer espaço que ela frequente.
O projeto visa prevenir a ocorrência de situações de assédio, racismo ou qualquer forma de preconceito, além de orientar e educar constantemente nossos profissionais e atletas. Além disso, dar a orientação legal quando alguma denúncia configurar ação criminosa.
- Há um setor ou profissional para acolher as jogadoras no clube? Como é feito?
O setor responsável pelo acolhimento das atletas é o DDH – Departamento de Desenvolvimento Humano, composto por uma assistente social e duas psicólogas, e uma estagiária de psicologia. Todas as atletas passam por entrevista de acolhimento assim que chegam no clube, além de atendimentos com as profissionais sempre que houver necessidade, por solicitação da comissão técnica, escola, família ou da própria atleta.
Além do departamento, as monitoras (base) dos alojamentos acabam sendo profissionais extremamente importantes no acolhimento das atletas, principalmente pelo vínculo que desenvolvem. Essas profissionais também recebem capacitações periódicas para estarem aptas a desempenhar em um trabalho de excelência.
- Se uma atleta precisar denunciar uma ocorrência, o que ela pode fazer?
Além da possibilidade de procurar um profissional que mais tenha confiança ou se identifique, a atleta poderá denunciar pelo canal Guerreira Segura.
BASE
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de seus atletas da base com outras meninas e mulheres?
O clube tem parceria com o Centro de Referência da Mulher de Araraquara, que oferece palestras e oficinas no ambiente do clube com as atletas da base, além das ações já descritas acima. Criamos um ambiente onde os profissionais são cobrados a terem postura exemplar para atletas da base.
- O que o clube faz para conscientizar jogadores da base sobre a violência contra a mulher?
Além das ações já descritas acima, as profissionais do DDH sempre promovem debates sobre os casos atuais e que estão na mídia. Assim, é possível entender o que as atletas estão pensando sobre, promover capacidade de debate e de senso crítico, além de informar e conscientizar sobre esses assuntos.
- Se um atleta da base cometer um ato de violência contra a mulher (assédio, importunação, agressão), qual o protocolo adotado pelo clube?
Nunca tivemos uma situação assim na base feminina. Como são crianças, e adolescentes, e entendo o compromisso do clube como Clube Formador, a ação deve ser preferencialmente educativa, e não punitiva. Caso a caso é discutido entre os departamentos envolvidos, diretoria, e família, tomando a ação necessária e proporcional em cada um, sempre privilegiando a formação dessas atletas como cidadãs.
- Há punição prevista? Se sim, qual?
Complementando o que foi exposto no último item, as regras do clube prevêem punições mais brandas até o desligamento do clube, para casos mais graves. Ainda assim, privilegia-se a discussão do caso a caso, colocando o bem estar das crianças e adolescente, bem como a função formadora do clube em primeiro lugar.
Flamengo
Disse através da assessoria de imprensa que enviaria respostas, mas não se pronunciou.
Fluminense
Disse através da assessoria de imprensa que enviaria respostas, mas não se pronunciou.
Fortaleza
FUTEBOL FEMININO
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de profissionais com atletas do feminino? Através de palestras com profissionais e entidades, iniciativa que é comandada pelo setor psicossocial do Clube.
- Há um setor ou profissional para acolher as jogadoras no clube? Como é feito? Se sim, qual? Se não, o clube pretende desenvolver? Quando? Sim. Existe o setor psicossocial. O setor é composto por uma psicóloga, uma assistente social e uma pedagoga.
- Se uma atleta precisar denunciar uma ocorrência, o que ela pode fazer? Buscar o setor psicossocial ou um funcionário responsável para que o Clube possa dar todo o suporte necessário.
FUTEBOL MASCULINO
- O histórico de violência contra mulher impediria a assinatura do contrato de um novo jogador ou funcionário? Se houver condenação, sim. O Clube entende que é um fator impeditivo para contratação.
- Caso descubra um caso enquanto o atleta ou funcionário estiver no clube, o contrato é rescindido?
A mera notícia não serve como causa de rescisão, contudo o Clube pode fazer a rescisão sem justa causa, mas nessa hipótese o Clube pode vir a ser sancionado com dispensa discriminatória, e ainda tal fato responder por eventuais danos decorrentes das janelas de transferência face a um possível prejuízo desportivo.
FUTEBOL PROFISSIONAL
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de seus atletas profissionais com outras mulheres?
Todos os atletas que representam o Fortaleza Esporte Clube recebem um Manual de Conduta, um guia da instituição que orienta o atleta a ser exemplo tanto no esporte, dentro e fora das dependências do Clube, e também na sociedade.
No documento, o atleta é orientado em se comprometer com um dos valores de gestão do Leão do Pici, que é ser ético e respeitoso com o próximo.
- O que o clube faz para conscientizar jogadores do profissional sobre a violência contra a mulher?
O Manual de Conduta auxilia o atleta a alcançar uma postura exemplar e, assim, engrandecer o nome do clube e, também, influenciar positivamente sua formação. No documento, o jogador é orientado em ser exemplo para a sociedade, sendo ético e respeitoso com o próximo.
O Clube oferece um psicólogo, que está de forma presencial e 100% integrada ao dia a dia de treinos, viagens e jogos, para prestar toda assistência para a vida pessoal e profissional do atleta.
Além disso, o Fortaleza é ativo e se preocupa com lutas tão importantes como essa através de ações de marketing para conscientizar tanto sua torcida e a sociedade, mas também atletas, funcionários e prestadores de serviço. Segue algumas campanhas realizadas:
- Câmera do Beijo virou Câmera do Desrespeito
- Elas São Insubstituíveis:
- #EuTôNaDefesa – ação com jogadores junto ao Ceará e Governo do Estado no Clássico-Rei
- ‘Bota Teu Poder Pra Jogar’
- Se um atleta do elenco profissional cometer um ato de violência contra a mulher (assédio, importunação, agressão), qual o protocolo do clube? Acompanhar o feito para entender o objeto da ação penal e seus desdobramentos, para estudar o caminho jurídico a ser tomado.
- Há punição prevista? Se sim, qual? Sim, nos contratos de trabalho existem cláusulas contratuais com o fim de coibir atos dessa natureza e discriminatórios.
CATEGORIAS DE BASE
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de seus atletas da base com outras meninas e mulheres? Acompanhamento do setor psicossocial no dia a dia, além de palestras sobre o tema. O setor psicossocial conta com uma psicóloga, uma assistente social e uma pedagoga.
- O que o clube faz para conscientizar jogadores da base sobre a violência contra a mulher? São realizadas palestras e oficinas sobre diversos temas acerca da sociedade, entre estes estão o da violência contra a mulher e consciência sexual.
- Se um atleta da base cometer um ato de violência contra a mulher (assédio, importunação, agressão), qual o protocolo adotado pelo clube? Averiguar os fatos e seguir as normas legais e contratuais.
- Há punição prevista? Se sim, qual? Não possuímos punição prevista, pois o Clube trabalha na prevenção destes casos. Porém, caso algum atleta venha a cometer um ato de violência, haverá averiguação dos fatos e a Instituição seguirá as normas legais.
Grêmio
Disse através da assessoria de imprensa que enviaria respostas, mas não se pronunciou.
Internacional
Disse através da assessoria de imprensa que enviaria respostas, mas não se pronunciou.
Juventude
FUTEBOL FEMININO
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de profissionais com atletas do feminino?
O Juventude tem realizado algumas ações abordando este tema. Por exemplo:
- Juventude promove palestra educativa com o tema violência contra a mulher para mais de 100 atletas da base.
- Primavera dos Museu: terceira noite traz questões sobre a diversidade de gênero e orientação sexual no esporte.
- Roda de conversa: a importância da mulher no futebol de Caxias do Sul
Além disso, o clube já realizou e realiza outras ações como faixas em campo e mensagens no sistema de sonorização. Tais ações, assim como palestras e encontros, têm sido promovidas com cada vez mais frequência e intensidade pelo Juventude, que entende a necessidade de promover conteúdos educativos e informativos a respeito do tema, tanto a seus atletas, colaboradores e comunidade em que o clube está inserido.
- Há um setor ou profissional para acolher as jogadoras no clube? Como é feito?
Tanto o Departamento de Futebol Feminino quanto o Departamento de Categorias de Base contam, hoje, com uma parceria com o Centro Universitário Uniftec, que possui um conceituado curso de graduação em Psicologia. Desta forma, atletas que apresentarem interesse ou necessidade de qualquer origem, são atendidos prontamente por profissionais da entidade, com supervisão integral da Coordenação do curso. Além disso, formandos do curso de psicologia acompanham o dia a dia das diversas categorias e auxiliam ativamente neste processo.
- Se uma atleta precisar denunciar uma ocorrência, o que ela pode fazer?
Em relação às atletas do time feminino, além da presença das profissionais destinadas pelo curso de psicologia da Uniftec, existe uma relação direta e estreita com a coordenadora do Departamento Feminino, Renata Armiliato.
Esta profissional se envolve em 100% do processo, se fazendo presente em todos os treinamentos, pré e pós-atividades, jogos, concentração e qualquer que seja a ação, estando integralmente a disposição das atletas e membras da comissão técnica. Tal relação de absoluta confiança torna o ambiente completamente acolhedor, algo fundamental para que qualquer atleta se sinta à vontade para relatar qualquer que seja a situação, mesmo que mínima ou de desconforto.
FUTEBOL MASCULINO
- O histórico de violência contra mulher impediria a assinatura do contrato de um novo jogador ou funcionário? Em casos de investigação em andamento ou condenação, não contrataria.
- Caso descubra um caso enquanto o atleta ou funcionário estiver no clube, o contrato é rescindido? O clube agiria com afastamento do indivíduo até que uma investigação pudesse ser finalizada.
FUTEBOL PROFISSIONAL
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de seus atletas profissionais com outras mulheres? Respondido no item 01 deste questionário
- O que o clube faz para conscientizar jogadores do profissional sobre a violência contra a mulher? Respondido no item 01 deste questionário
- Se um atleta do elenco profissional cometer um ato de violência contra a mulher (assédio, importunação, agressão), qual o protocolo do clube? Diante de fatos deste tipo, desligaria o indivíduo.
- Há punição prevista? Se sim, qual? Desligamento e colaboração do Clube com as autoridades policiais.
BASE
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de seus atletas da base com outras meninas e mulheres? Respondido no item 01 deste questionário.
- O que o clube faz para conscientizar jogadores da base sobre a violência contra a mulher? Respondido no item 01 deste questionário
- Se um atleta da base cometer um ato de violência contra a mulher (assédio, importunação, agressão), qual o protocolo adotado pelo clube? Diante de fatos deste tipo, desligaria o indivíduo.
- Há punição prevista? Se sim, qual? Desligamento e colaboração do Clube com as autoridades policiais.
Palmeiras
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de profissionais com atletas do feminino?
O Palmeiras realiza, anualmente, uma palestra sobre assédio para as jogadoras e a comissão técnica do futebol feminino. O encontro, que conta com o apoio do Departamento de Recursos Humanos, recebe uma convidada e, ao fim da apresentação, todos podem contribuir, tirando dúvidas e debatendo sobre o tema. Ainda apostando na prevenção, o clube conta com um regulamento interno geral e um manual de condutas exclusivo para a modalidade, no qual constam os comportamentos e regras que devem ser cumpridos visando à construção de um ambiente disciplinado e saudável.
- Há um setor ou profissional para acolher as jogadoras no clube? Como é feito? O futebol feminino do Palmeiras conta com uma psicóloga exclusiva, que orienta as atletas sobre o tema e as acolhe sempre que necessário.
- Se uma atleta precisar denunciar uma ocorrência, o que ela pode fazer? O clube possui um canal exclusivo para fazer denúncias de forma anônima e segura, que é a ouvidoria. Ela pode ser usada em casos de assédio (moral ou sexual) ou de discriminação por gênero e raça, entre outros.
FUTEBOL MASCULINO
- O histórico de violência contra mulher impediria a assinatura do contrato de um novo jogador ou funcionário? Sim.
- Caso descubra um caso enquanto o atleta ou funcionário estiver no clube, o contrato é rescindido?
Se for descoberto algum caso envolvendo um atleta ou colaborador durante seu período no clube, o mesmo será submetido a uma análise detalhada, levando em consideração as normas internas estabelecidas. Tais regras preveem uma variedade de medidas disciplinares aplicáveis, incluindo rescisão contratual, a depender da gravidade do ocorrido e da comprovação da infração penal. É importante ressaltar que cada caso é tratado individualmente, sempre seguindo procedimentos justos e transparentes.
FUTEBOL PROFISSIONAL
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de seus atletas profissionais com outras mulheres?
O Departamento de Futebol Profissional orienta constantemente os seus atletas, que recebem, a cada ano, um manual de condutas por meio do qual são alertados sobre a responsabilidade de adotarem, de forma permanente, comportamentos exemplares. Os contratos firmados pelos jogadores ainda estabelecem que eles não podem se envolver em situações que depreciem a imagem do clube.
- O que o clube faz para conscientizar jogadores do profissional sobre a violência contra a mulher?
Como citado anteriormente, o Departamento de Futebol orienta constantemente os seus atletas a fim de conscientizá-los sobre suas obrigações e condutas, tendo em vista a grandeza e os valores da instituição que eles representam.
- Se um atleta do elenco profissional cometer um ato de violência contra a mulher (assédio, importunação, agressão), qual o protocolo do clube?
O caso é encaminhado às áreas competentes, como Jurídico e Recursos Humanos, para que as providências cabíveis sejam tomadas. É importante ressaltar que clubes de futebol não constituem autoridades policial e judicial, que são as esferas responsáveis por investigar e julgar, respectivamente.
- Há punição prevista? Se sim, qual?
Se for descoberto algum caso envolvendo um atleta ou colaborador durante seu período no clube, o mesmo será submetido a uma análise detalhada, levando em consideração as normas internas estabelecidas. Tais regras preveem uma variedade de medidas disciplinares aplicáveis, incluindo rescisão contratual, a depender da gravidade do ocorrido e da comprovação da infração penal. É importante ressaltar que cada caso é tratado individualmente, sempre seguindo procedimentos justos e transparentes.
BASE
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de seus atletas da base com outras meninas e mulheres?
O Palmeiras realiza encontros frequentes com os atletas das categorias de base para debater temas socialmente relevantes, instigando reflexões e discussões. Dentre os assuntos abordados, a violência contra a mulher é tratada com muita atenção pelas equipes de psicologia e serviço social, que organizam as atividades com os jogadores.
- O que o clube faz para conscientizar jogadores da base sobre a violência contra a mulher?
Como citado anteriormente, os encontros realizados com os atletas têm o intuito de conscientizá-los desde muito jovens sobre a necessidade de respeitar todas as figuras femininas que os cercam.
- Se um atleta da base cometer um ato de violência contra a mulher (assédio, importunação, agressão), qual o protocolo adotado pelo clube?
O caso é encaminhado às áreas competentes, como Jurídico e Recursos Humanos, para que as providências cabíveis sejam tomadas. É importante ressaltar que clubes de futebol não constituem autoridades policial e judicial, às quais competem as atribuições de investigar e julgar, respectivamente.
- Há punição prevista? Se sim, qual?
Se for descoberto algum caso envolvendo um atleta ou colaborador durante seu período no clube, o mesmo será submetido a uma análise detalhada, levando em consideração as normas internas estabelecidas. Tais regras preveem uma variedade de medidas disciplinares aplicáveis, incluindo rescisão contratual, a depender da gravidade do ocorrido e da comprovação da infração penal. É importante ressaltar que cada caso é tratado individualmente, sempre seguindo procedimentos justos e transparentes.
Real Brasília
Disse através da assessoria de imprensa que enviaria respostas, mas não se pronunciou.
Santos
O Santos não respondeu às perguntas.
À reportagem, afirmou que havia falado sobre o assunto na coletiva de imprensa de reapresentação do técnico Kleiton Lima, no dia 9 de abril de 2024. Ele voltou ao clube apesar de ser alvo de 19 denúncias anônimas de assédio sexual e moral às atletas do Peixe. Uma semana depois, dia 15, foi demitido do cargo.
O Santos afirmou ainda que possui um RH interno para receber denúncias de atletas, comissão e funcionários, e que as Sereias da Vila foram questionadas sobre as situações envolvendo Kleiton Lima. Disse em coletiva que provas não foram encontradas. Esse seria o trabalho do Santos em relação à violência contra mulher.
As jogadoras afirmam que não foram procuradas pelo clube.
São Paulo
O clube preferiu fazer uma resposta única para as questões levantadas. Segue abaixo:
O São Paulo Futebol Clube tem como um de seus pilares de conduta a busca pelo crescimento constante de seus colaboradores e da comunidade em que está inserido. Com relação ao combate à violência contra a mulher, o clube tem suas ações concentradas no Departamento de Assistência Social (DASP), e no Programa de Integridade Tricolor (PIT) -iniciativa que faz parte das ações de governança e compliance adotadas na gestão atual.
Através destes dois canais de Clube promove uma série de ações educativas e afirmativas, com um cronograma permanente de conversas e palestras ministradas por especialistas no tema. As ações são destinadas a funcionários e atletas, sobretudo com especial atenção às categorias de base, com preocupação de formação de consciência de cidadania em crianças e adolescentes que entram no mundo do futebol com o sonho de se tornarem jogadores.
Mesmo com o foco fortemente voltado para prevenção e educação, o São Paulo também dispõe de profissionais da saúde mental preparados para dar suporte à vítima, em casos que venham a ser relatados.
Vasco
FUTEBOL FEMININO
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de profissionais com atletas do feminino?
R: A empresa possui um setor de Compliance, com canais de denúncia para identificação e averiguação deste tema. Além disso, pratica de forma recorrente palestras e conscientização dos funcionários, inclusive criando um fórum específico com mulheres, para debate do cenário atual, condições de melhorias, lições aprendidas com outros casos e, por conseguinte, elaborando planos de ação, visando sempre a prevenção.
- Há um setor ou profissional para acolher as jogadoras no clube? Como é feito? Temos um setor de Compliance que, mais que o acolhimento, realiza a investigação e apuração dos fatos para medidas cabíveis. Além disso, disponibilizamos nosso núcleo de saúde mental com psicólogo e psiquiatra para total suporte.
- Se sim, qual? Vide resposta anterior
- Se uma atleta precisar denunciar uma ocorrência, o que ela pode fazer? Não só pode como deve. Há um canal específico no nosso site institucional, e as denúncias podem ser anônimas e confidenciais. Através deste canal, não só a atleta, como qualquer funcionário do Vasco pode se expressar e relatar os fatos.
FUTEBOL MASCULINO
- O histórico de violência contra mulher impediria a assinatura do contrato de um novo jogador ou funcionário? Nosso critério para contratação considera não só o potencial o desempenho técnico, mas também o ser humano e sua relação com a sociedade. Logo, a existência concreta de um histórico de violência contra mulher é considerada.
- Caso descubra um caso enquanto o atleta ou funcionário estiver no clube, o contrato é rescindido? Os contratos e regulamentos dos atletas e comissão técnica, profissional e base, permitem que a SAF exerça seu poder diretivo e aplique sanções, inclusive a demissão por justa causa.
FUTEBOL PROFISSIONAL
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de seus atletas profissionais com outras mulheres?
- O que o clube faz para conscientizar jogadores do profissional sobre a violência contra a mulher?
Os jogadores do time profissional recebem palestras. Anualmente, por exemplo, o Departamento Jurídico é um dos setores do clube que realiza essas conversas com o elenco. O Vasco tem um calendário que vai mudando de acordo com os temas atuais.
- Se um atleta do elenco profissional cometer um ato de violência contra a mulher (assédio, importunação, agressão), qual o protocolo do clube? Todos os nossos atletas possuem, em seus contratos de trabalho, cláusulas que abordam o tema e devem ser acionadas em casos como este.
- Há punição prevista? Se sim, qual? Os contratos e regulamentos dos atletas e comissão técnica, profissional e base, permitem que a SAF exerça seu poder diretivo e aplique sanções, inclusive a demissão por justa causa.
BASE
- Como o clube trabalha para a prevenção de casos de assédio de seus atletas da base com outras meninas e mulheres?
- O que o clube faz para conscientizar jogadores da base sobre a violência contra a mulher?
- Se um atleta da base cometer um ato de violência contra a mulher (assédio, importunação, agressão), qual o protocolo adotado pelo clube?
- Há punição prevista? Se sim, qual?
A prevenção dos casos de assédio e a conscientização sobre a violência seguem o mesmo padrão para as categorias de base do que é feito com os atletas profissionais. Afinal, o Vasco busca não formar apenas atletas de futebol, mas também cidadãos. Por isso, desde cedo eles possuem contato com temas e assuntos importantes e de relevância social/humana. Recentemente, por exemplo, atletas da base receberam uma palestra no Colégio sobre o tema “masculinidades”.
Vitória
Disse através da assessoria de imprensa que enviaria respostas, mas não se pronunciou.
Fonte: ge
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